8 de abr. de 2016

Homem tirou a própria vida em clínica de suicídio assistido

  • 1,2 milhão de pessoas acompanharam esse momento 

Simon Binner, 57 anos, sofria de uma condição chamada Doença do Neurônio Motor, no entanto, após receber o diagnóstico decidiu que não queria viver dessa forma.

Porém, o que faz o caso de Simon comovente, é que ele resolveu exibir toda a sua história em um controverso documentário gravado pela BBB Two, chamado “How to Die” (“Como morrer”, em tradução livre). 

O fato é que ele resolveu registrar até mesmo sua morte em uma clínica de suicídio assistido, na Suíça, ao lado de sua esposa e para mais de 1,2 milhão de espectadores. Obviamente, o documentário gerou opiniões negativas e positivas.


A Doença do Neurônio Motor trata-se de uma condição terminal que mata os neurônios motores – células cerebrais responsáveis por enviar mensagens aos músculos do corpo. Só no Reino Unido, há cerca de 5 mil pessoas que vivem com a doença, sendo mais comum em pessoas entre 50 e 70 anos. 

Os pacientes ficam completamente paralisados, incapazes de falar, engolir e respirar. Na maioria dos casos não há nenhuma causa óbvia, e apenas 10% deles são de origem genética. A expectativa de vida é geralmente de seis meses a cinco anos e o único tratamento licenciado é feito através da administração de drogas que retardam a progressão da doença em até seis meses.

Tendo isso em vista, Simon tomou a difícil decisão de encerrar a sua vida, no entanto, deixou uma memória, que para sua esposa foi considerada “bela”, através de um documentário. Além disso, o homem ainda deixou uma mensagem final para esposa em que relatava o seu amor por ela.

“Oi Debbie, aqui é o Simon, eu te amei muito, muito mesmo Debbie. Eu não merecia você ou Hannah ou Zoe. Tão amorosas e carinhosas, enquanto eu fui um homem mal-humorado durante grande parte do tempo. Mas eu realmente te amo, Debbie. Nós vivemos um casamento divertido e repleto de risadas e realmente somos abençoados por termos encontrado um ao outro. Uma coisa boa é que nós tivemos tempo para falar sobre essas coisas por longos 10 meses, não foi como se você tivesse me perdido em um acidente de carro. Nós realmente dissemos tudo o que precisava ser dito e você tem sido uma esposa verdadeiramente fantástica para mim, Debbie. Eu sei que você me amava e eu sempre te amarei. De qualquer forma, o tempo e a maré não esperam por ninguém. Eu te amo muito, Debbie. Adeus”. 

A declaração, de cortar o coração seguiu o documentário apresentado ao vivo. As câmeras o seguiram, também forneciam imagens que ele gravou com amigos e familiares. Depois, caminhou com ele até a clínica, onde, na véspera de sua morte, mostrou-o desfrutando de uma última refeição e a despedia da família. Em seguida, em 19 de outubro, às 09h38m da manhã, cercado por sua esposa e amigos, tirou a vida com uma injeção letal.

O documentário virou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, internautas alegavam estar profundamente emocionados, enquanto que outros alegavam estar perturbados e traumatizados. A escolha de Simon também chamou atenção de algumas personalidades britânicas, que apoiaram o homem e enviaram condolências à família.

Porém, a cena de sua morte precisou ser interrompida após a emissora receber algumas mensagens de pessoas indignadas e acusações sobre estar promovendo a eutanásia. Sendo assim, o filme é exibido até o momento em que um caixão é levado para dentro da sala, e então, há um corte de imagem e uma tela preta. A censura foi feita porque empresas de radiodifusão são proibidas de dar orientações detalhadas sobre métodos de suicídios. Sendo assim, as imagens do corpo sem vida de Simon e o momento em que ele administra a dose letal foi visto apenas por jornalistas e produtores do programa que realizaram os cortes.


Link para um trecho do vídeo

Fonte




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