31 de mar. de 2015

Ciganos do mar: tribo do sudeste asiático vive em barcos e palafitas

Tradicionalmente, o povo Bajau reside em pequenos barcos à vela, convivendo diariamente com as correntes e contando apenas com sua habilidade de pesca para sobreviver. É por isso que eles são chamados de “ciganos do mar”.

Hoje, muitos deles passaram a viver em terra, em pequenas ilhas, mas continuam a desenvolver o seu perfeito conhecimento dos oceanos, vendendo os peixes que pegam em pequena escala.

Mas a história dessa tribo singular ainda não foi totalmente distorcida. Vários deles ainda moram no meio do nada, em aldeias construídas sobre recifes de coral flutuantes.


  • Cultura

Os Bajau vivem no sudeste asiático, nas águas de países como Bornéu, Mianmar e Tailândia.

A tribo não sabe ler ou escrever. Na verdade, eles não sabem nem a sua idade. Apesar de conhecerem o conceito vagamente, o tempo não importa muito para eles: só o presente conta.

As mulheres dão à luz em cabanas sobre palafitas. A maioria dos Bajau nasce, vive e morre em suas terras aquáticas (que não são reconhecidas pelos países em que se encontram).

As crianças mais novas estão constantemente nos barcos, aprendendo a mergulhar ou nadar, e quando atingem a idade de cerca de 8 anos, passam a caçar e pescar.

  • Adaptações

Os Bajau são mergulhadores natos. Conforme mostrado pelo programa Human Planet (“Planeta Humano”) da BBC, os únicos “equipamentos” que esse povo usa são óculos de madeira feitos à mão e um arpão.

O pessoal da tribo está acostumado a ficar embaixo d’água até cinco minutos sem respirar. Porém, não mergulham se não estiverem relaxados – o que é essencial para não hiperventilar e afogar. Alguns Bajau morrem em consequência de problemas causados pelas imersões.

No entanto, suas práticas não devem mudar tão cedo. Eles passam tanto tempo no mar que muitos dizem ficar enjoados quando vão para terra firme. E não é à toa. Seus corpos desenvolveram adaptações para essa vida aquática, como visão extremamente boa debaixo d’água – duas vezes melhor do que a nossa. Seus músculos dos olhos contraem mais as pupilas e mudam a forma do cristalino, aumentando a refração de luz. Mas nem tudo são rosas – eles perdem na audição, uma vez que os mergulhos em profundidades de até 20 metros estouram seus tímpanos.

  • Imagens

Réhahn Photography, um fotógrafo francês baseado no Vietnã, passou alguns dias com esses ciganos do mar. As imagens desse povo vivendo em seu próprio paraíso na Terra passam uma alegria e serenidade inexplicáveis.









Fonte




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